A adolescência é uma fase em que o corpo passa por várias mudanças e isso afeta a alimentação. Muitos garotos querem ficar sarados e várias garotas, magras. O problema é que, para atingir esses objetivos, eles adotam dietas malucas e chegam a ingerir proteínas em excesso. “Isso pode causar algumas alterações no funcionamento do organismo, podendo ocasionar doenças”, alerta a nutricionista Juliana Pizzol Organo, membro do Conselho Regional de Nutricionistas 4ª Região RJ/ES.

A especialista explica que não é necessária a suplementação sem orientação ou recomendação de um especialista. “Em uma alimentação saudável e equilibrada, na qual exista o consumo de proteína nas principais refeições (café da manhã, almoço e jantar), normalmente se supre a recomendação de ingestão diária.”

Essa indicação, para adolescentes, fica em torno de 44 a 46 gramas por dia. Se no almoço for servida uma picanha (100 g), sem gordura e grelhada, já serão ingeridos 31,9 gramas de proteína, valor estipulado pela Tabela Brasileira de Composição de Alimentos (TACO), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

Não pode deixar de consumir
O cardápio pode, ainda, incluir frango ou peixe, leite e seus derivados (queijo e iogurte) e ovos. “Também existem proteínas de origem vegetal, como a soja. Entretanto a absorção da proteína animal é melhor se comparada com a de origem vegetal”, explica Juliana Pizzol.

O que não se pode é deixar de consumir esse nutriente, pois é fundamental para a construção de células e tecidos. “Sem proteína não podemos sobreviver, pois nosso corpo é formado por elas: osso, músculo, sangue, unha e pele”, comenta. “Além disso, ela faz parte do sistema de proteção de organismo (anticorpos), participa do processo de oxigenação (hemoglobina), e da formação de hormônios e enzinas”, conclui.

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